quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fernanda Ozorio - Cor Aplicada ao Design

Crítica Estética

Trabalho de Cor Aplicada ao Design

Os croquis representam algumas características estudadas na aula de Cor Aplicada ao Design como cores complementares, saturação, cores quentes e cores frias, claro e escuro e tríade.
Em cada combinação vemos um tipo de cada característica. O primeiro croqui representa as cores complementares (são cores que, em certo sentido, são opostas umas às outras), o segundo representa saturação (é um parâmetro que especifica a qualidade de um matiz de cor pelo grau de mesclagem do matiz com a cor branca), o terceiro são as cores quentes (transmitem a sensação de calor) e frias (transmitem a sensação de frio), o quarto são cores claras e escuras e o quinto croqui representa a tríade (esquema de 3 cores secundárias eqüidistantes).

Resumo

Considerações sobre uma estética contemporânea
O texto fala sobre a passagem da modernidade para a pós-modernidade, onde a busca de uma nova concepção estética é uma realidade no mundo contemporâneo. A percepção estética da realidade pós-moderna busca a realidade nas criações visuais não obedecendo a cânones, como acontecia em muitas tendências modernistas.
O ser humano que foi mais racional na modernidade se apresenta como um ser complexo e híbrido no pós-moderno que estamos vivenciando. Continua sendo um ser de símbolos, relacionando o imaginário com o simbólico, sem definições precisas, mas com aproximações.
Quando a TV analógica surgiu na década de 20, as pessoas passaram a discutir se as imagens iam substituir o rádio que até então era o maior veículo de comunicação de massa e isso não aconteceu. Eles passaram a atuar juntos. Da mesma forma que os e-books não eliminaram o livro impresso.
Com o surgimento dessas novas tecnologias de comunicação as pessoas passaram a fazer parte dessa união. A modernidade passou a fazer parte das tendências contemporâneas.
É possível perceber que as imagens do contemporâneo não se preocupam em apresentar pureza estilística ou em apresentar soluções inéditas de vanguarda, pois é resultado da intertextualidade, da citação, da cópia da hibridação e de vários estilos. Ao mesmo tempo cultiva o grotesco, contradizendo conceitos estruturados de beleza.
Na contemporaneidade fica difícil falar em estilo, uma vez que o pós-moderno vivenciado engloba praticamente todos os estilos, num processo de inclusão.
Na modernidade muitos valores foram negados, excluídos e considerados ultrapassados, na pós-modernidade eles foram agregados: um exemplo internacional dessas hibridações são os Shoppings Center, neles se encontram todos os tipos de estilo.
As imagens que nos cercam tendem mais a ambigüidade e a indeterminação. As tendências de beleza deram lugar aos produtos da indústria cultural e midiática, e a ironia está por toda a parte.
Se o homem contemporâneo tudo aceita em nome desta mestiçagem de estilos podemos dizer que o lógico está cada vez mais unido ao sentimento, às crenças, ás percepções, ás emoções de um imaginário cultural que nos rege, recriando antigos rituais.
A idéia seria de formação da sensibilidade no ser humano, como elemento fundamental como centro e chave de um desenvolvimento estético interior harmônico do sujeito consigo mesmo para uma compreensão maior deste mundo contemporâneo que é tecnológico e sensível e no qual o imaginário vem atuando como realidade social, povoando sonhos, fantasias e mitos da contemporaneidade.
Estudar a estética do imaginário, nas manifestações icnográficas pós-modernas há que resgatar conceitos da modernidade, que sendo um estilo possui paradigmas definidos tais como: o progresso, a avant-gard, a busca pelo novo, pelo único e o original. Buscando o racional, em muitas de suas manifestações, como as da op-art, a modernidade tornou-se exclusivista das tendências anteriores das imagens.
A era das tecnologias uniu sensibilidade com ciência, desenvolveu-se rapidamente, mas a sociedade parece ainda desesperada para exercer o domínio sobre esses novos conceitos para investir na vida social, na vida privada e na vida acadêmica ao mesmo tempo.
A pós-modernidade, sem dúvida, vem trazendo maior liberdade, maiores possibilidades de argumentações, se formos educados q questionar para obtermos compreensão maior da complexidade que nos cerca, sem os padrões e regras rígidas que regiam alguns aspectos da arte na modernidade, com qual ainda convivemos. É preciso, portanto, conviver e melhor aceitar estas contradições que os cercam o sujeito pós-moderno é instável, contraditório, flexível, assim como suas representações, e que a nova visualidade das imagens que representam são tão complexas quanto sua própria subjetividade.
O pós-moderno vem perseguindo “o desejo de liberdade” já referido por Bauman (1998), na manifestação de linguagens utilizadas para expressar-se iconograficamente, em que pese sobre si, muitas vezes, a denúncia do anárquico.
Para Plotino, a Beleza não se configurava apenas em simetria, nas proporções harmônicas, que os estóicos defendiam teoricamente. Criticando profundamente essa teoria, Plotino confere à Estética um novo sentido de onde vai descender o mundo corpóreo. É assim que ele considera a beleza do corpo no seu conjunto e nas suas partes. Para ele a beleza vai depender da participação de uma idéia.
Este desejo de liberdade já se manifestara na Renascença, por exemplo, Giuseppe Arcimboldo (1527-1593) que reuniu os mais diversos objetos estranhos, registros de pessoas com anomalias físicas (desde anões até gigantes), animais, frutas, legumes de diversas espécies, provindos de todos os continentes. Arcimboldo teve condições de fazer estudos para suas obras, observando o pormenor de cada elemento, representando-os em seus mais ricos e finos detalhes. Já aparecia, nessas obras, uma visualidade estética voltada para o grotesco, fugindo aos padrões convencionais de beleza.
Acreditamos que será nessa nova forma de pensar que poderemos conceituar uma nova estética relacional da pós-modernidade, o que nos permitirá expressar e viver muitas possibilidades do nosso ser, com o conhecimento e o espírito crítico e reflexivo, assumindo sempre os riscos que a liberdade iconográfica nos vem proporcionar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Análise do desfile do Cantão à luz da Estética Kantiana



Juízo de conhecimento - Kant
No tom alegre e despojado do Cantão, o infinito é visto pela lente do Realismo Maravilhoso para dar asas a idéias.

O Céu é o limite da coleção verão 2011 do Cantão que aponta na direção do infinito azul (ora laranja, ora pink) e de todo o universo real e imaginário que o ronda. Uma interminável fonte de inspiração, tanto por suas formas e proporções extraordinárias, quanto pelos seus ricos elementos. No tom alegre e despojado da marca, o céu é visto pela lente do Realismo Maravilhoso para dar asas a idéias e associações que o homem sempre fez ao olhar e explorar o firmamento.
A Coordenadora de Estilo, Renata Simon, e sua equipe apostaram numa cartela de cores fresca e luminosa e em silhuetas criadas com jogos de ilusão: plissados que em movimento se transformam dando a sensação de vôo, looks que não se sabe ao certo se são vestidos ou macaquinhos, falsas sobreposições que são peças inteiras, parcas híbridas e tricôs que parecem suspensos por conta das montagens com fios de teflon. Na estamparia, a ótica realista maravilhosa confere cores impossíveis a uma foto de nuvens, pássaros voam entre planetas enquanto os florais estouram como fogos de artifício.
A marca reforça sua vocação para as cores imprimindo a estamparia em todos os tipos de materiais como tule, nylon e até nos calçados, optando por looks inteiros em vez das misturas de estampas. O Cantão aposta também nos lisos, sempre com texturas como aplicações de foil, resinados vazados a laser em forma de estrelas e tricôs plissados em forma de leque. Aliás, os plissados e pregueados aparecem com grande destaque na coleção. Substituem os bordados que esta estação aparecem mais discretos nas aplicações em hotfix translúcidos e coloridos.
O tom esportivo permeia o verão 2011 do Cantão. Os curtíssimos macaquinhos, vestidos e shorts, tipo corredor, são usados com bermudas ciclistas de tricô para contrapor com as silhuetas e cartela de cores super femininas. Capas inspiradas no skydiving, cadarços e fivelas-clique aplicados em diferentes peças, tênis de cano longo feitos de organza ou lona com foil e mochilas e bolsas tipo sacola complementam a proposta.
CORES: Rosa, amarelo, nuvem (gelo), os azuis Noite, Galáxia e Céu e marfim. Nos acessórios: caramelo e foil em pink e prata.

TECIDOS e MATERIAIS: Linho, tule, seda, nylon transparente, musseline, tricô, sarja resinada, sarja com aplicação de foil, couro e lona com foil.
  
Ficha Técnica:
CEO: Tommy Simon
Direção da Marca: Renata Mancini
Desfile:
Direção geral e Cenografia: Zee Nunes
Styling: Pedro Sales
Beauty: Daniel Hernandez
Trilha Sonora: Max Blum
Coordenadora de Estilo: Renata Simon
Estilistas de Desfile: Ludmila Bruscky e Georgia Buckley
Equipe de Estilo: Alessandra Brito, Fernanda Villela e Guilherme Gaspar
Headbands: Muggia
Marketing: Rick Yates
Fotógrafo de Passarela: Márcio Madeira

Juízo de gosto
Juízo sobre o agradável
No céu do Cantão, estamparias que lembram nuvens e um fim de tarde e uma coleção de pregas e plissados em peças que - com o andar - ganham movimento e volume. O paraquedismo inspira no uso de tecidos "emprestados" deste universo e na modelagem, assim como nas maximochilas, que lembram  os próprios paraquedas
Kant chama de agradável aquilo que apraz aos sentidos na representação objetiva que fazemos de um objeto, nesse caso do desfile. O agradável tem fundamento privado e, portanto é particular.

Juízo Estético
No desfile do cantão o juízo estético decorre de uma simples reação pessoal diante do espetáculo. O importante é a reação do sujeito que assiste, e não o objeto. Não exige um conceito, mas tem validez universal.

Pertinência dos 4 paradoxos no desfile
O juízo estético é pessoal, não exige um conceito mas tem validade universal. Nesse primeiro paradoxo o sujeito experimenta uma sensação de prazer ou desprazer diante do objeto. No desfile do Cantão a proposta é agradar o público, através do cenário, da música e principalmente pelas roupas.

O segundo paradoxo fala sobre a sensação de prazer e desprazer diante do desfile. O juízo de gosto é uma necessidade subjetiva que nos parece objetiva. Aprovação geral.

O terceiro paradoxo fala de um interesse físico e de um prazer desinteressado. O interesse físico está relacionado ao prazer em usar as roupas que fazem parte dessa coleção e também de fazer e se sentir parte desse conceito.
No caso do prazer desinteressado é quando experimentamos a sensação de alegria diante do espetáculo, é uma alegria gratuita e desinteressada.
Para Kant a Beleza não procura satisfazer nenhuma inclinação, é um sentimento puramente contemplativo, desprovido de interesse.

O quarto paradoxo fala sobre o conceito de fim e finalidade. O desfile do Cantão tem um fim, que seria o de apresentar para as pessoas uma história através das roupas, do cenário, da música. O fim está ligado ao objeto e a sua destinação útil. Já a finalidade para Kant está ligada ao sujeito e a sensação de prazer harmonioso que ele experimenta diante do desfile, sem um interesse pessoal.

3 graus de finalidade/gratuidade
São 3 graus de utilidade decrescente e gratuidade crescente: o dos objetos puramente ligados ao fim e a sua destinação útil, e mesmo já dentro do campo da Beleza, isto é, já dentro do campo da finalidade. O dos objetos que representam as coisas (Arte figurativa - Tipo de arte que se desenvolve principalmente na pintura pela representação, de seres e objetos em suas formas reconhecíveis para aqueles que as olham) e dos que representam simples formas (Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através de formas irreconhecíveis. O formato tradicional é deixado de lado na arte abstrata). ‘No caso do desfile, a contemplação da Beleza é turvada pelo conceito que fazemos do Céu. Depende do que ele representa para cada um de nós.




Desfile Cantão Verão 2011

http://www.youtube.com/watch?v=9m6C0e3fEXY

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Capítulo 6

Teoria Kantiana da Beleza
O Juízo de Conhecimento e o Juízo de Gosto
Kant pretendeu deslocar o centro da existência da Beleza do objeto para o sujeito.

Juízo de Gosto – Tem um princípio determinante puramente subjetivo. Desprovida de interesse.

Juízo de Conhecimento – Fornece conceitos de validade geral. “Esta rosa é branca”.

Juízo sobre o Agradável – É quando sentimos uma sensação agradável em relação a tal coisa ou objeto, trata-se de um juízo baseado numa pura sensação subjetiva minha.
“Agradável é aquilo que agrada os sentidos na sensação”.

Juízo Estético – Decorre de uma simples reação pessoal diante do objeto. É a reação do sujeito, e não propriedade do objeto. “Essa rosa é bela”, sensação agradável do sujeito, ausência de conceito, mas exigência de validez universal.

Primeiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
A primeira característica da beleza, de acordo com Kant, isso é, “universal sem conceito”, constitui, portanto, como se viu, um paradoxo: quando o sujeito emite um juízo estético, não está exprimindo um conceito decorrente das propriedades do objeto, mas apenas uma sensação de prazer (ou de desprazer) que ele experimentou diante do objeto. No entanto, o sujeito exige sempre para esse juízo estético, sem conceito, o assentimento mais geral possível, a validez universal.

Segundo Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
“A beleza é resultante de faculdades necessariamente comuns a todo homem, a sensibilidade, ou imaginação, aliada talvez ao entendimento”. A satisfação determinada pelo juízo estético apóia-se no livre jogo da imaginação, é uma espécie de harmonização das faculdades causada pela sensação de prazer.
O juízo de gosto é uma necessidade subjetiva que nos parece como objetiva. Tendo todos os homens necessariamente essas faculdades, produz sensação de prazer e desprazer, é natural que o sujeito, ao experimentar uma sensação de prazer diante de um quadro ou de um romance, exija, para seu juízo, o assentimento de todos os outros homens, a aprovação geral.




Terceiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
Quando uma pessoa se alimenta, tem um interesse físico a satisfazer, prazer interessado. Mas quando experimentamos uma sensação de alegria diante de uma rosa, é uma alegria gratuita e desinteressada.
Kant estuda o ato de consciência que julga a beleza. Beleza não procura satisfazer nenhuma inclinação, é um sentimento puramente contemplativo, desprovido de interesse.

Quarto paradoxo Kantiano sobre a Beleza
O fim da finalidade
Temos então o fim ligado ao objeto e a sua destinação útil, e a finalidade ligada ao sujeito e à sensação de prazer harmonioso que ele experimenta.
O fim é ligado a propriedades do objeto, e o juízo estético é puramente subjetivo. Nenhum prazer ligado ao fim pode ser estético, porque todo ele é interessado.

Beleza livre e Beleza aderente
Kant chama a Beleza ligada as artes de “aderente”, porque ela adere ao conceito que fazemos das coisas representadas, e chama de livre a que se liga às artes abstratas, que representam formas puras.
A Beleza livre não supõe portanto, nenhum conceito do que seja o objeto, a Beleza aderente não só supõe tal conceito, mas supõe ainda a perfeição do objeto em relação a esse conceito.


  

Capítulo 8

Teoria Hegeliana da Beleza – Capítulo 8
Beleza como manifestação da idéia
Hegel foi, sem dúvida, o maior dos pensadores idealistas alemães do século XIX.
“A Beleza... se define como a manifestação sensível da Idéia”.
De acordo com Hegel, “a unidade da idéia e da aparência individual é a essência da Beleza e da sua produção na Arte”. A Beleza é a Idéia representada através do sensível.
Hegel aceita também o fundamento platônico da explicação da Verdade. Deve-se considerar, não os objetos particulares qualificados como belos, mas a Beleza.

Beleza e Verdade
“existe uma diferença entre a Verdade e a Beleza. A verdade é a idéia enquanto considerada em si mesma, em seu princípio geral e pensada como tal. A Beleza se define portanto como a manifestação sensível da idéia.
Hegel critica violentamente, também, a visão kantiana da Beleza como algo de natureza não conceitual. Racionalista extremado dentro de seu idealismo, não aceita que a Beleza seja um “universal sem conceito”, como queria Kant.

A Idéia e o Ideal
Distingue-se, assim, a Idéia – que, considerada enquanto em si mesma, é a Verdade – do Ideal, que é a Beleza, a Verdade exteriorizada no sensível e no concreto.

Liberdade e Necessidade
Liberdade é aquilo que a subjetividade contém e pode captar em si mesma de mais elevado. A liberdade é a modalidade suprema do Espírito. Enquanto a liberdade permanece puramente subjetiva e não se exterioriza, o sujeito se choca com o que não é livre, com o que é puramente objetivo, isto é, com a necessidade natural.
O estado natural do homem é a contradição e o dilaceramento, não só perante a natureza, mas, dentro de si mesmo. A suprema aspiração humana é superar tal contradição.

As três etapas para o absoluto
A Arte, a Realidade e a Filosofia são as etapas fundamentais neste caminho do homem à procura do absoluto. À Arte cabe, a espiritualização do sensível. À Religião, compete a captação interior daquilo que a Arte faz contemplar como objeto exterior. Cabendo a Filosofia o papel de síntese entre as duas: “A Arte e a Religião estão unidas na Filosofia”.
O mundo é dilacerado entre dois extremos: de um lado, as coisas, do outro, a idéia absoluta. O homem é uma espécie de campo de batalha entre a Natureza e Deus. O homem sente a oposição entre sua natureza espiritual e a realidade bruta que o cerca. È aí que ele se vale da Arte, da Religião e da Filosofia, como veículos de espiritualização do mundo.
Para Hegel, a Tragédia, ao contrário de certas idéias feitas que tomaram conta do pensamento estético, não é dominada pela fatalidade exterior, e sim pela vontade.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Crítica Estética Aristóteles

Sandália de couro Cantão verão 2011
A tradição representa um elemento vital para a compreensão da filosofia aristotélica. Em certo sentido, Aristóteles via o próprio pensamento como o ponto culminante do processo desencadeado por Tales de Mileto. A filosofia pretendia não apenas rever como também corrigir as falhas e imperfeições das filosofias anteriores. Ao mesmo tempo, trilhou novos caminhos para fundamentar as críticas, revisões e novas proposições.
Aluno de Platão, Aristóteles discorda de uma parte fundamental da filosofia. Platão concebia dois mundos existentes: aquele que é apreendido por nossos sentidos, o mundo concreto -, em constante mutação; e outro mundo - abstrato -, o das ideias, acessível somente pelo intelecto, imutável e independente do tempo e do espaço material. Aristóteles, ao contrário, defende a existência de um único mundo: este em que vivemos. O que está além de nossa experiência sensível não pode ser nada para nós.
Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que se refere a Beleza. Para ele a beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação em uma beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma, no mundo supra sensível das essencias puras. Decorre de certa harmonia ou ordenação existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo. O belo exigia outras características, como a grandeza, proporção e medida dessa grandeza.




Refências:
http://www.wikipedia.org/
http://www.cantão.com/

Crítica Estética Platão


Sandália de couro Cantão verão 2011
Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis.
Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do mundo das Idéias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria de uma Idéia perfeita. Esta sandália, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra sandália terá outros atributos, sendo ela também uma sandália, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam sandálias é, para Platão, a Idéia de Sandália, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser sandália. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Idéia desse objeto. No caso da sandália  é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.








Referências:

Crítica Estética Grécia

O tipo de roupa usada na Grécia antiga era fluído e quase nunca eram as peças do vestuário costuradas. Os tecidos utilizados foram principalmente linho ou lã. Houve alguns típicos vestuários que pertenceram à antiga moda grega. As mulheres também usavam um véu com sua roupa sempre que saiam de casa. De fato, a moda grega antiga era bastante moderna, na sua perspectiva, tanto quanto os homens estavam em causa, na medida em que a nudez masculina não foi realmente um grande negócio na Grécia antiga.
O formato das roupas era idêntico para homens e mulheres tendo-se mantido inalterado durante séculos. A roupagem básica era uma túnica direita, presa ao ombro com alfinetes ou broches – Chiton – e uma capa, presa no cimo a esvoaçar. A roupa interior tal como a exterior caía solta em torno do corpo. As crianças usavam roupas semelhantes às dos pais mas as túnicas eram bastante mais curtas a fim de poderem correr com facilidade. Adultos e crianças andavam descalços em casa e quando saíam usavam sandálias de cabedal com muitas tiras.
Nessa coleção de primavera/verão 2008 os estilistas Erin Fetherston, Jil Sander e Vera Wang se inspiraram na indumentária grega. Com roupas fruídas, com drapeados elaborados e marcantes, com cordões amarrados na cintura.




Imagem:


Crítica Estética Renascimento

Vestido típico do início do séc. XVII
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica.
O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.
Na indumentária as mulheres da nobreza passaram a usar altos chapéus, vestidos floridos e decorados. Passaram a ser firmemente atados no busto.
De acordo com os valores estéticos da antiguidade clássica greco-romana essa imagem é harmônica e proporcional. E ainda possui outra característica, a Grandeza.
A roupa desta imagem é preta, bastante decorada, com bordados dourados, formas geométricas, faixas horizontais paralelas.
Essa imagem nos mostra com detalhes a grandeza de adornos que as roupas possuíam naquela época.






Imagem:
Tiosam.net

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Teoria Plotínica da Beleza (resumo)

Plotino e Aristóteles
Pode-se dizer que o fundamento da visão de Plotino sobre a Beleza é Platônico. De fato, o “logos VI” da Enéada I contém sugestões originais e valiosíssimas, sugestões que parecem anunciar boa parte do pensamento estético moderno.
É verdade que Plotino parte de uma crítica a Aristóteles. Plotino parte para seu pensamento estético investindo violentamente contra essa idéia aristotélica de definir a Beleza objetivamente e realisticamente como resultante da harmonia das partes de um todo.
Para Plotino, a Beleza não podia consistir na harmonia das partes do objeto estético, como pensava Aristóteles, porque, a ser assim, as coisas simples, como uma cor pura, por exemplo, não poderiam ser consideradas belas.

Beleza do simples
Para o homem não existe e nem existirá jamais nada que seja esteticamente apreciável como “simples”.
Plotino diz que ao ouvirmos uma música, não é somente o todo da sonata ou da sinfonia que nos agrada, é cada som isolado, isto é, cada parte do objeto estético musical inteiro é belo.
“Cada um dos sons de um todo musical belo é, por si mesmo, belo também”.

Influência Platônica em Plotino
“Uma coisa material bela surge por participação numa idéia saída do divino”, ou, como traduzem outros, “o corpo belo surge pela comunicação com um logos vindo dos deuses”. (Ob.cit,p.170)
A influência de Platão é evidente a cada passo da pequena obra-prima de Plotino.

Artes visuais, Auditivas e de Ação
As artes são classificadas em visuais, como a Pintura, e as auditivas, como a música. As artes como a poesia ou o Romance que sendo mais intelectuais e de ação, não se enquadram bem em nenhum dos dois tipos.
Plotino percebeu que os dois sentidos estéticos por excelência eram visão e audição.
Entretanto, estava atento para o fato que acabamos de sublinhar a respeito de artes como o Romance, o teatro e a Epopéia, mais ligadas ao comportamento e às ações humanas.
“Mas para os que se elevam progressivamente desde a sensação para o supremo, há empresas belas, ações e comportamentos belos”. (Op.ep.cits.)




Plotino e Kant
Para Kant, além da inteligência e da vontade, existe uma terceira faculdade, apta a julgar a beleza. É o juízo de gosto, que Kant afirma ser governado pela sensação de prazer e desprazer, dominado pela imaginação livre, aliada, talvez ao entendimento.
Para Plotino, como também para Kant, teria pressentido que o campo estético não poderia se esgotar somente com o Belo clássico? Será que estava predisposto a aceitar o Mal e o Feio como legítimos, no campo estético? Parece que não. Mas talvez Plotino visse o Mal e o Feio como legítimos apenas no mundo e na vida, mas não na Arte.
A identificação entre Bem e Beleza é platônica, sem dúvida. Mas porque Plotino diz que é preciso estudar a Beleza e o Bem, o Feio e o Mal? É claro que ele dá primazia hierárquica à Beleza e ao Bem, mas não deixou de afirmar, pelo menos, a necessidade de estudar o Feio e o Mal.

Plotino, Hegel e Maritain
O pensamento de Plotino volta-se, assim, para as fontes platônicas e traz algumas valiosas contribuições para o estudo da Beleza e da Arte. Para Aristóteles, o prazer que experimentamos diante de um quadro ou de uma tragédia, vem da alegria de reconhecer aquilo que foi imitado pelo artista. Porque se o prazer estético viesse da alegria de reconhecer o imitado, nós não poderíamos achar belo um retrato pintado por Holbin ou Lucas Cranash, uma vez que nunca conhecemos os modelos que os dois retrataram.
Para Plotino, a alegria que a alma sente diante de uma obra bela origina-se do fato de que, diante dela, nós sentimos que estamos diante da chispa de outra alma humana, o artista colocou em sua obra uma fagulha, um brilho de sua alma, e a nossa, ao captá-la, se alegra, porque aquele encontro é, de fato, um reencontro.
O pensamento estético de Plotino influenciou todo o pensamento primitivo medieval e os escolásticos, Santo Agostinho e Santo Tomás trazem, indiscutivelmente, sua marca.

Plotino e Bergson
É curioso observar o parentesco estreito que existe entre um pensador antigo, como Plotino, e outro, contemporâneo nosso, como Henri Bergson. É sabido que foi Bergson quem revalorizou, modernamente, o “conhecimento místico”, reconhecendo que os místicos cristãos, como Santa Teresa ou São João da Cruz, colocavam-se diretamente em contato com aquilo que a intuição buscava. Os místicos cristãos, partindo da idéia de que o coração humano era o templo do Espírito Santo, viam a caminhada para o divino como uma entrada ascética e exaltante para o interior e o centro da alma humana. Para Bérgson, tudo isso se confundia com a duração e o impulso vital subterrâneo, do qual a existência recebia existência e sentido.
Pois o pensamento de Plotino parece se antecipar não só a Santa Teresa e São João da Cruz como ao próprio Bergson.

As duas definições da Beleza
Para Plotino a “Beleza não é uma harmonia, é uma luz que dança sobre a harmonia, é uma luz que dança sobre a harmonia”. É a velha idéia platônica do esplendor, do brilho da Beleza. Aqui, porém, é que Plotino acrescenta algo muito importante a todos os pensadores que, antes dele, tinham se detido sobre o problema da Beleza e da Arte. Qual seria a natureza dessa luz? Plotino define a Beleza como que uma primeira síntese entre a luz platônica e a harmonia aristotélica.
Plotino empreende uma aproximação maior e mais profunda em direção a própria essência da Beleza. A luz que dança sobre a harmonia seria antes de tudo, resultante de uma certa intensificação do ser, se assim se pode falar.
O texto mais importante de Plotino no campo da Estética é aquele no qual ele liga a Beleza à luz da forma.
“Domínio da forma sobre o obscuro da matéria”. (Op.cit.,p.171.)




quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Influência Grega

1.bp.blogspot.com

Indumentária início do sec XVII

tiosam .net

Tabela de valores estéticos gregos


Formas
Cores
Configuração/ Organização
Materiais
Texturas
Temas retratados
-Geométricas
-Vegetalistas
-Faixas horizontais paralelas
-Lisas/ arredondadas
- Preta
-Vermelho
-Dourado
-Amarelo
-Violeta
-Índigo
-Roxo
-Branco
-Perspectiva
-Estudo e medição do Megaron Micênico, a partir do qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego
-Dinamismo
-Naturalismo
-Racionalismo
-Proporção (o homem é a medida de todas as coisas)
-Mármore
-Calcário
-Madeiras
-Telhas
-Bronze sólido
-Pedras
-Bronze fundido oco
-Adornos em ouro e marfim
-Lã
-Linho

-Mosaico
-Recobrir as paredes de gesso pintado para parecer mármore
-Drapeados
-Bordados
-Cenas cotidianas
-Batalhas
-Religião
-Mitologia
-Natureza














Referencias:
modagrega.blogspot.com.br



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teoria Aristotélica da Beleza

A Beleza como harmonia e proporção
Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que se refere à Beleza. Para ele a Beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação em uma Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma, no mundo supra-sensível das Essências Puras. Decorre de certa harmonia ou ordenação, que existe entre as partes desse objeto entre si em relação ao todo. O Belo exigia outras características, como a grandeza, ou imponência, e, ao mesmo tempo proporção e medida dessa grandeza. Aristóteles afirma, na Retórica, que uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena, pertence ao campo do Gracioso, mas não ao do Belo, que exige entre outras a grandeza.
O tratado escrito por Aristóteles sobre a Beleza se perdeu, então nos textos da Poética temos uma idéia do seu pensamento sobre esse assunto.
Existe uma certa indecisão entre o uso das palavras Belo e Beleza. Se os gregos identificavam a Beleza com o Belo clássico, Aristóteles parece ter pressentido que a Beleza incluía várias outras categorias além do Belo.
As características essenciais da Beleza seriam a ordem, ou harmonia, assim como a grandeza. Sendo influenciado sobre o conceito grego de Beleza, Aristóteles se preocupava com a medida e a proporção.
O Belo nem é muito pequeno e nem muito grande.

O conflito entre a harmonia e a desordem
A harmonia é sem dúvida fundamental no pensamento aristotélico, mas esqueceram de outra parte, aquela da desordem, que está patente na Poética. Aristóteles admitia a desordem e a feiúra como elementos aptos a estimular a criação da Beleza, através da arte.
A grande contribuição de Aristóteles para a Estética foi primeiro, a de retirar a Beleza da esfera ideal em que Platão a colocou, tentando encontar sua essência em uma forma mais realista. Isso faz da Beleza uma propriedade particular do objeto, e não recebida como que por um empréstimo de uma luz superior, como queria Platão.
Os pensadores antigos excluíam o Feio de suas cogitações sobre a Beleza e a Arte, considerando-o estranho ao campo estético.
O Feio, encarado como uma desarmonia, para Aristóteles é expressamente incluído no campo estético.

Aspecto subjetivo da Beleza
Aristóteles encara, na Retórica, que não é mais no objeto que ele estuda a Beleza, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador. A Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído.
O fundamento da filosofia de Aristóteles é realista.
Na Retórica, Aristóteles examina a fruição da obra de arte e as características da Beleza do ponto de vista do sujeito, estuda o que acontece no espírito do contemplador ao se colocar diante da Beleza, chegando à conclusão de que o prazer estético decorre da simples apreensão, gratuita e sem esforço, do objeto, pelo espírito do sujeito.
Aristóteles foi tentar uma definição objetiva dela do ponto de vista realista e sem recorrer à outra coisa para explicá-la que não o próprio objeto. 
“O realismo não é uma simples voz da imitação, mas a revelação da verdadeira da verdadeira essência das coisas.”
Aristóteles plantou os pés na terra, e olhou para as coisas. Foi mal entendido pela maioria, que viu no seu pensamento alguma coisa que ele nunca afirmou, que a arte devia imitar estreitamente a vida, sendo o realismo um “verismo” dogmático e mesquinho.

Pontos fundamentais do pensamento aristotélico
Para Aristóteles, a Beleza é uma propriedade do objeto e consiste, principalmente quando aparece como Belo, na harmonia das partes de um todo que possuía grandeza e medida. As três características principais da Beleza são harmonia, grandeza e proporção. Aristóteles considera a Comédia como uma arte do feio, mas não se furta a incluí-la no campo estético. O realismo é a revelação da própria essência das coisas. A realidade contém verdades tão altas e nobres quanto as que o idealismo pressente. O mundo é regido por uma harmonia que se reencontra na arte e no conhecimento. O pensador procura encontrar na realidade os rastros dessa harmonia, os quais evidenciam, através de relações, as leis do mundo. O artista procura recriá-las num universo em que a realidade se reconheça transfigurada.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Resumo 2

Ariano Suassuna - Cap III - Teoria Platônica da Beleza




Não se sabe se a beleza pode ou nao ser abordada filosoficamente. Os irracionalistas negam, em nome da liberdade, principalmente no campo da arte, onde imperam dons individuais sempre desuguais e imprevisíveis. Nesse texto, ele tenta, pelo menos pressentir a essencia da beleza.

Na obra de Platão vamos encontrar as primeiras indicações a respeito da Beleza. Para Platão, a Beleza do tipo de comunicação que ele possui com a Beleza Absoluta, que subsiste no mundo supra sensível das idéias.

A teoria platônica da Beleza e da Arte depende, assim, de sua visão geral do mundo. Platão via o universo como dividido em dois mundos, o mundo em ruina e o mundo em forma. Este mundo que vivemos é o campo da ruína, da morte, da feiura e da decadência. Cada pessoa nesse mundo em ruina, tem no outro mundo em forma um modelo.



A Reminiscência

Para Platão a alma é incencivelmente atraída para a Beleza, pois sua pátria natural é o mundo das essências, e exilada neste nosso mundo, ela sente sempre saudade do outro.

A alma humana sofre uma decadência ao se unir ao corpo material. Precisamente por ser eterna, já contemplou o mundo das Essências puras, a Beleza Absoluta, de natureza divina, por isso sente invensível saudade dela, vivendo aqui em desterro permanente. A alma sabe tudo e se nós nao a acompanharmos nesse conhecimento é porque a nossa parte material e grosseira faz com que nós nos esqueçamos da maior parte daquilo que a alma sabe, por ter contemplado, já, a Verdade, a Beleza e o Bem absolutos. Quem se dedica à Beleza nao a recria na arte, quem se dedica a verdade, nao a descobre, pelo conhecimento, tanto num caso como no outro, o que acontece é que a alma recorda-se das formas e verdades contempladas no mundo das essências, antes que a alma se unisse ao corpo.



O Banquete e o Fedro

Platão aconselha a seus discípulos o caminho místico, como o único apto a elevar os homens das coisa sensíveis e grosseiras até o mundo das Idéias. Para Platão, o caminho da alma eleva o amor. Somente os indivíduos inferiores ficam satisfeitos com a forma mais grosseira de amor, a do amor físico. Um homem superior, em breve descobre que a beleza existente naquele belo corpe é irmã da beleza de outro corpo belo, o que o leva a conclusão de que a beleza de todos os corpos é uma só. Vem daí, como consequencia, a destruição da forma egoísta e grosseira de amor que o prende a um só corpo. O amador passará a amar nao só os corpos, mas a beleza existente neles, contemplada desinteressadamente.



O Caminho Místico

O estágio de aperfeiçoamento considera a beleza da alma como superior à beleza do corpo. O amador descobre que a beleza corpórea é sujeita a ruina e a decadência, enquanto a beleza moral resiste ao passar do tempo.



Beleza Absoluta

O amante torna-se um prisioneiro voluntário do "imenso oceano de beleza". Estará atingindo o estagio final que é possivel ainda aqui na terra. Verá que a Beleza Absoluta é eterna.

Existe uma identificação final entre a Verdade, a Beleza e o Bem, que são faces diferentes do mesmo Ser divino. Platão identifica ambas com o Bem da virtude.



A Reminiscência e o "Mênon"

Para Platão, a Beleza causava, antes de mais nada enlevo, prazer, arrebatamento, deleitação. Isto leva Maritain a afirmar que "a sabedoria é amada por sua beleza, enquanto que a beleza é amada por si mesma", por sua própria essencia e enquanto beleza, move o desejo de produzir o amor, enquanto que a verdade, como tal, faz somente iluminar.

A comtemplação da Beleza era, em essencia, uma recordação. A alma lembra das realidades que contemplou, numa outra vida.

Para concluir, as coisas corpóreas sao meras imitações desses modelos ideais, sombras pálidas e grosseiras em comparação com a pureza e luminosidade das essências, e isso tanto é verdade das coisas da Natureza quanto até das idéias abstratas criadas pelo homem.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crítica Estética

Escolher um objeto de moda (ou look) e escrever um texto crítico, analisando o objeto escolhido sob o ponto de vista estético. Partir do princípio que a estética é uma necessidade humana, que se ocupa do belo/beleza percebido e do prazer/desprazer que causa.

Bolsas



Sob o ponto de vista estético, o filósofo Hegel diz que “a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo.”

Um exemplo dessa mudança nós vemos nas bolsas, desde os povos primitivos até hoje em dia. Atendendo as nossas necessidades, os estilos de vida e se aprimorando cada vez mais.

No século XX a moda deixou de ser encarada como frívola. As pessoas se convencem de que ela está ligada as modificações que atingem a sociedade em vários aspectos. Até o século XX a Europa era o centro da moda, mas com duas grandes guerras mundiais, muitos hábitos se modificaram.

No início do século, com o desenvolvimento da industrialização, a facilidade de locomoção mundial e, por conseqüência o aumento das exportações, uma grande quantidade de novas, e atraentes bolsas, passaram a ser comercializada por todas as partes.

As bolsas se tornaram um acessório indispensável ao mundo fashion, com novos e diferentes modelos surgindo a cada estação, especialmente desenhados para ocasiões especiais, e para específicas horas do dia.

Durante todos os tempos as pessoas adaptaram as bolsas aos diversos tipos de mudança, tanto por influência de cada tipo de vida, economia, crises financeiras (1.929), a escassez de matéria prima (década de 40, onde o artesanato começou a se desenvolver).

Nos anos 50 depois do baby boom, as mulheres adotaram uma linha mais casual, a televisão influenciou muito a moda, bolsas estilo Box foram revestidas em couro de animais exóticos.

Nos anos 60, a juventude exige uma inovação no modo de se vestir, desprezando a sociedade de consumo, adotando uma aparência mais simples e despojada.

O movimento hippie, com seu vestuário ecologicamente consciente e anti-conformista, exerceu uma influência na moda. Foram retomadas as técnicas artesanais, como tricô, o crochê e o patchwork.

Com o passar do tempo houve uma diversificação nos formatos das bolsas desde o mais artesanal até os mais sofisticados.

Nessa mesma época as bolsas também foram influenciadas pelo movimento Flower Power, pela moda futurista, Op Art e Pop Art.

A década de 70 é difícil de ser definida porque se usou de tudo, os estilos variavam de estação para estação.

A principal característica da década de 80 é a de desenvolver o vanguardismo na moda com a proporção de novidades ou a reciclagem atualizada de idéias nostálgicas. Pela primeira vez, coexistiram várias tribos punks, new waves, rappers, skinheads, góticos, heavy metal, todos esses exercendo influência na criação de roupas e acessórios.

A moda dos anos 90 põe-se de acordo como novo “grito de guerra” o minimalismo. Termo tirado da vanguarda artística dos anos 70, o minimalismo justifica a simplicidade levada ao extremo.

As bolsas com suas cores e estilos diferenciados, outras eram simples mais clássicas, usadas para um visual contínuo.

Acompanhando o avanço da tecnologia as bolsas passaram a ter compartimentos mais funcionais como porta celular, porta cartões, porta caneta e porta chaves.

Nesta década os designers reconheceram o poder que os acessórios, principalmente as bolsas mantinham na concepção de um look. As mulheres passaram a comprar mais acessórios como sapatos e bolsas do que roupas.

Nos dias de hoje, encontra-se um pouco de tudo. Com o mundo voltado para a ecologia, as mudanças climáticas e para outros problemas que o planeta vem enfrentando, as pessoas passaram a fazer bolsas com produtos reciclados e para substituir as sacolas plásticas temos as eco bags. E com certeza as mudanças não param por aqui.