sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Capítulo 6

Teoria Kantiana da Beleza
O Juízo de Conhecimento e o Juízo de Gosto
Kant pretendeu deslocar o centro da existência da Beleza do objeto para o sujeito.

Juízo de Gosto – Tem um princípio determinante puramente subjetivo. Desprovida de interesse.

Juízo de Conhecimento – Fornece conceitos de validade geral. “Esta rosa é branca”.

Juízo sobre o Agradável – É quando sentimos uma sensação agradável em relação a tal coisa ou objeto, trata-se de um juízo baseado numa pura sensação subjetiva minha.
“Agradável é aquilo que agrada os sentidos na sensação”.

Juízo Estético – Decorre de uma simples reação pessoal diante do objeto. É a reação do sujeito, e não propriedade do objeto. “Essa rosa é bela”, sensação agradável do sujeito, ausência de conceito, mas exigência de validez universal.

Primeiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
A primeira característica da beleza, de acordo com Kant, isso é, “universal sem conceito”, constitui, portanto, como se viu, um paradoxo: quando o sujeito emite um juízo estético, não está exprimindo um conceito decorrente das propriedades do objeto, mas apenas uma sensação de prazer (ou de desprazer) que ele experimentou diante do objeto. No entanto, o sujeito exige sempre para esse juízo estético, sem conceito, o assentimento mais geral possível, a validez universal.

Segundo Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
“A beleza é resultante de faculdades necessariamente comuns a todo homem, a sensibilidade, ou imaginação, aliada talvez ao entendimento”. A satisfação determinada pelo juízo estético apóia-se no livre jogo da imaginação, é uma espécie de harmonização das faculdades causada pela sensação de prazer.
O juízo de gosto é uma necessidade subjetiva que nos parece como objetiva. Tendo todos os homens necessariamente essas faculdades, produz sensação de prazer e desprazer, é natural que o sujeito, ao experimentar uma sensação de prazer diante de um quadro ou de um romance, exija, para seu juízo, o assentimento de todos os outros homens, a aprovação geral.




Terceiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
Quando uma pessoa se alimenta, tem um interesse físico a satisfazer, prazer interessado. Mas quando experimentamos uma sensação de alegria diante de uma rosa, é uma alegria gratuita e desinteressada.
Kant estuda o ato de consciência que julga a beleza. Beleza não procura satisfazer nenhuma inclinação, é um sentimento puramente contemplativo, desprovido de interesse.

Quarto paradoxo Kantiano sobre a Beleza
O fim da finalidade
Temos então o fim ligado ao objeto e a sua destinação útil, e a finalidade ligada ao sujeito e à sensação de prazer harmonioso que ele experimenta.
O fim é ligado a propriedades do objeto, e o juízo estético é puramente subjetivo. Nenhum prazer ligado ao fim pode ser estético, porque todo ele é interessado.

Beleza livre e Beleza aderente
Kant chama a Beleza ligada as artes de “aderente”, porque ela adere ao conceito que fazemos das coisas representadas, e chama de livre a que se liga às artes abstratas, que representam formas puras.
A Beleza livre não supõe portanto, nenhum conceito do que seja o objeto, a Beleza aderente não só supõe tal conceito, mas supõe ainda a perfeição do objeto em relação a esse conceito.


  

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