sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Capítulo 8

Teoria Hegeliana da Beleza – Capítulo 8
Beleza como manifestação da idéia
Hegel foi, sem dúvida, o maior dos pensadores idealistas alemães do século XIX.
“A Beleza... se define como a manifestação sensível da Idéia”.
De acordo com Hegel, “a unidade da idéia e da aparência individual é a essência da Beleza e da sua produção na Arte”. A Beleza é a Idéia representada através do sensível.
Hegel aceita também o fundamento platônico da explicação da Verdade. Deve-se considerar, não os objetos particulares qualificados como belos, mas a Beleza.

Beleza e Verdade
“existe uma diferença entre a Verdade e a Beleza. A verdade é a idéia enquanto considerada em si mesma, em seu princípio geral e pensada como tal. A Beleza se define portanto como a manifestação sensível da idéia.
Hegel critica violentamente, também, a visão kantiana da Beleza como algo de natureza não conceitual. Racionalista extremado dentro de seu idealismo, não aceita que a Beleza seja um “universal sem conceito”, como queria Kant.

A Idéia e o Ideal
Distingue-se, assim, a Idéia – que, considerada enquanto em si mesma, é a Verdade – do Ideal, que é a Beleza, a Verdade exteriorizada no sensível e no concreto.

Liberdade e Necessidade
Liberdade é aquilo que a subjetividade contém e pode captar em si mesma de mais elevado. A liberdade é a modalidade suprema do Espírito. Enquanto a liberdade permanece puramente subjetiva e não se exterioriza, o sujeito se choca com o que não é livre, com o que é puramente objetivo, isto é, com a necessidade natural.
O estado natural do homem é a contradição e o dilaceramento, não só perante a natureza, mas, dentro de si mesmo. A suprema aspiração humana é superar tal contradição.

As três etapas para o absoluto
A Arte, a Realidade e a Filosofia são as etapas fundamentais neste caminho do homem à procura do absoluto. À Arte cabe, a espiritualização do sensível. À Religião, compete a captação interior daquilo que a Arte faz contemplar como objeto exterior. Cabendo a Filosofia o papel de síntese entre as duas: “A Arte e a Religião estão unidas na Filosofia”.
O mundo é dilacerado entre dois extremos: de um lado, as coisas, do outro, a idéia absoluta. O homem é uma espécie de campo de batalha entre a Natureza e Deus. O homem sente a oposição entre sua natureza espiritual e a realidade bruta que o cerca. È aí que ele se vale da Arte, da Religião e da Filosofia, como veículos de espiritualização do mundo.
Para Hegel, a Tragédia, ao contrário de certas idéias feitas que tomaram conta do pensamento estético, não é dominada pela fatalidade exterior, e sim pela vontade.




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