quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Influência Grega

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Indumentária início do sec XVII

tiosam .net

Tabela de valores estéticos gregos


Formas
Cores
Configuração/ Organização
Materiais
Texturas
Temas retratados
-Geométricas
-Vegetalistas
-Faixas horizontais paralelas
-Lisas/ arredondadas
- Preta
-Vermelho
-Dourado
-Amarelo
-Violeta
-Índigo
-Roxo
-Branco
-Perspectiva
-Estudo e medição do Megaron Micênico, a partir do qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego
-Dinamismo
-Naturalismo
-Racionalismo
-Proporção (o homem é a medida de todas as coisas)
-Mármore
-Calcário
-Madeiras
-Telhas
-Bronze sólido
-Pedras
-Bronze fundido oco
-Adornos em ouro e marfim
-Lã
-Linho

-Mosaico
-Recobrir as paredes de gesso pintado para parecer mármore
-Drapeados
-Bordados
-Cenas cotidianas
-Batalhas
-Religião
-Mitologia
-Natureza














Referencias:
modagrega.blogspot.com.br



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teoria Aristotélica da Beleza

A Beleza como harmonia e proporção
Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que se refere à Beleza. Para ele a Beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação em uma Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma, no mundo supra-sensível das Essências Puras. Decorre de certa harmonia ou ordenação, que existe entre as partes desse objeto entre si em relação ao todo. O Belo exigia outras características, como a grandeza, ou imponência, e, ao mesmo tempo proporção e medida dessa grandeza. Aristóteles afirma, na Retórica, que uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena, pertence ao campo do Gracioso, mas não ao do Belo, que exige entre outras a grandeza.
O tratado escrito por Aristóteles sobre a Beleza se perdeu, então nos textos da Poética temos uma idéia do seu pensamento sobre esse assunto.
Existe uma certa indecisão entre o uso das palavras Belo e Beleza. Se os gregos identificavam a Beleza com o Belo clássico, Aristóteles parece ter pressentido que a Beleza incluía várias outras categorias além do Belo.
As características essenciais da Beleza seriam a ordem, ou harmonia, assim como a grandeza. Sendo influenciado sobre o conceito grego de Beleza, Aristóteles se preocupava com a medida e a proporção.
O Belo nem é muito pequeno e nem muito grande.

O conflito entre a harmonia e a desordem
A harmonia é sem dúvida fundamental no pensamento aristotélico, mas esqueceram de outra parte, aquela da desordem, que está patente na Poética. Aristóteles admitia a desordem e a feiúra como elementos aptos a estimular a criação da Beleza, através da arte.
A grande contribuição de Aristóteles para a Estética foi primeiro, a de retirar a Beleza da esfera ideal em que Platão a colocou, tentando encontar sua essência em uma forma mais realista. Isso faz da Beleza uma propriedade particular do objeto, e não recebida como que por um empréstimo de uma luz superior, como queria Platão.
Os pensadores antigos excluíam o Feio de suas cogitações sobre a Beleza e a Arte, considerando-o estranho ao campo estético.
O Feio, encarado como uma desarmonia, para Aristóteles é expressamente incluído no campo estético.

Aspecto subjetivo da Beleza
Aristóteles encara, na Retórica, que não é mais no objeto que ele estuda a Beleza, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador. A Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído.
O fundamento da filosofia de Aristóteles é realista.
Na Retórica, Aristóteles examina a fruição da obra de arte e as características da Beleza do ponto de vista do sujeito, estuda o que acontece no espírito do contemplador ao se colocar diante da Beleza, chegando à conclusão de que o prazer estético decorre da simples apreensão, gratuita e sem esforço, do objeto, pelo espírito do sujeito.
Aristóteles foi tentar uma definição objetiva dela do ponto de vista realista e sem recorrer à outra coisa para explicá-la que não o próprio objeto. 
“O realismo não é uma simples voz da imitação, mas a revelação da verdadeira da verdadeira essência das coisas.”
Aristóteles plantou os pés na terra, e olhou para as coisas. Foi mal entendido pela maioria, que viu no seu pensamento alguma coisa que ele nunca afirmou, que a arte devia imitar estreitamente a vida, sendo o realismo um “verismo” dogmático e mesquinho.

Pontos fundamentais do pensamento aristotélico
Para Aristóteles, a Beleza é uma propriedade do objeto e consiste, principalmente quando aparece como Belo, na harmonia das partes de um todo que possuía grandeza e medida. As três características principais da Beleza são harmonia, grandeza e proporção. Aristóteles considera a Comédia como uma arte do feio, mas não se furta a incluí-la no campo estético. O realismo é a revelação da própria essência das coisas. A realidade contém verdades tão altas e nobres quanto as que o idealismo pressente. O mundo é regido por uma harmonia que se reencontra na arte e no conhecimento. O pensador procura encontrar na realidade os rastros dessa harmonia, os quais evidenciam, através de relações, as leis do mundo. O artista procura recriá-las num universo em que a realidade se reconheça transfigurada.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Resumo 2

Ariano Suassuna - Cap III - Teoria Platônica da Beleza




Não se sabe se a beleza pode ou nao ser abordada filosoficamente. Os irracionalistas negam, em nome da liberdade, principalmente no campo da arte, onde imperam dons individuais sempre desuguais e imprevisíveis. Nesse texto, ele tenta, pelo menos pressentir a essencia da beleza.

Na obra de Platão vamos encontrar as primeiras indicações a respeito da Beleza. Para Platão, a Beleza do tipo de comunicação que ele possui com a Beleza Absoluta, que subsiste no mundo supra sensível das idéias.

A teoria platônica da Beleza e da Arte depende, assim, de sua visão geral do mundo. Platão via o universo como dividido em dois mundos, o mundo em ruina e o mundo em forma. Este mundo que vivemos é o campo da ruína, da morte, da feiura e da decadência. Cada pessoa nesse mundo em ruina, tem no outro mundo em forma um modelo.



A Reminiscência

Para Platão a alma é incencivelmente atraída para a Beleza, pois sua pátria natural é o mundo das essências, e exilada neste nosso mundo, ela sente sempre saudade do outro.

A alma humana sofre uma decadência ao se unir ao corpo material. Precisamente por ser eterna, já contemplou o mundo das Essências puras, a Beleza Absoluta, de natureza divina, por isso sente invensível saudade dela, vivendo aqui em desterro permanente. A alma sabe tudo e se nós nao a acompanharmos nesse conhecimento é porque a nossa parte material e grosseira faz com que nós nos esqueçamos da maior parte daquilo que a alma sabe, por ter contemplado, já, a Verdade, a Beleza e o Bem absolutos. Quem se dedica à Beleza nao a recria na arte, quem se dedica a verdade, nao a descobre, pelo conhecimento, tanto num caso como no outro, o que acontece é que a alma recorda-se das formas e verdades contempladas no mundo das essências, antes que a alma se unisse ao corpo.



O Banquete e o Fedro

Platão aconselha a seus discípulos o caminho místico, como o único apto a elevar os homens das coisa sensíveis e grosseiras até o mundo das Idéias. Para Platão, o caminho da alma eleva o amor. Somente os indivíduos inferiores ficam satisfeitos com a forma mais grosseira de amor, a do amor físico. Um homem superior, em breve descobre que a beleza existente naquele belo corpe é irmã da beleza de outro corpo belo, o que o leva a conclusão de que a beleza de todos os corpos é uma só. Vem daí, como consequencia, a destruição da forma egoísta e grosseira de amor que o prende a um só corpo. O amador passará a amar nao só os corpos, mas a beleza existente neles, contemplada desinteressadamente.



O Caminho Místico

O estágio de aperfeiçoamento considera a beleza da alma como superior à beleza do corpo. O amador descobre que a beleza corpórea é sujeita a ruina e a decadência, enquanto a beleza moral resiste ao passar do tempo.



Beleza Absoluta

O amante torna-se um prisioneiro voluntário do "imenso oceano de beleza". Estará atingindo o estagio final que é possivel ainda aqui na terra. Verá que a Beleza Absoluta é eterna.

Existe uma identificação final entre a Verdade, a Beleza e o Bem, que são faces diferentes do mesmo Ser divino. Platão identifica ambas com o Bem da virtude.



A Reminiscência e o "Mênon"

Para Platão, a Beleza causava, antes de mais nada enlevo, prazer, arrebatamento, deleitação. Isto leva Maritain a afirmar que "a sabedoria é amada por sua beleza, enquanto que a beleza é amada por si mesma", por sua própria essencia e enquanto beleza, move o desejo de produzir o amor, enquanto que a verdade, como tal, faz somente iluminar.

A comtemplação da Beleza era, em essencia, uma recordação. A alma lembra das realidades que contemplou, numa outra vida.

Para concluir, as coisas corpóreas sao meras imitações desses modelos ideais, sombras pálidas e grosseiras em comparação com a pureza e luminosidade das essências, e isso tanto é verdade das coisas da Natureza quanto até das idéias abstratas criadas pelo homem.