sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crítica Estética

Escolher um objeto de moda (ou look) e escrever um texto crítico, analisando o objeto escolhido sob o ponto de vista estético. Partir do princípio que a estética é uma necessidade humana, que se ocupa do belo/beleza percebido e do prazer/desprazer que causa.

Bolsas



Sob o ponto de vista estético, o filósofo Hegel diz que “a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo.”

Um exemplo dessa mudança nós vemos nas bolsas, desde os povos primitivos até hoje em dia. Atendendo as nossas necessidades, os estilos de vida e se aprimorando cada vez mais.

No século XX a moda deixou de ser encarada como frívola. As pessoas se convencem de que ela está ligada as modificações que atingem a sociedade em vários aspectos. Até o século XX a Europa era o centro da moda, mas com duas grandes guerras mundiais, muitos hábitos se modificaram.

No início do século, com o desenvolvimento da industrialização, a facilidade de locomoção mundial e, por conseqüência o aumento das exportações, uma grande quantidade de novas, e atraentes bolsas, passaram a ser comercializada por todas as partes.

As bolsas se tornaram um acessório indispensável ao mundo fashion, com novos e diferentes modelos surgindo a cada estação, especialmente desenhados para ocasiões especiais, e para específicas horas do dia.

Durante todos os tempos as pessoas adaptaram as bolsas aos diversos tipos de mudança, tanto por influência de cada tipo de vida, economia, crises financeiras (1.929), a escassez de matéria prima (década de 40, onde o artesanato começou a se desenvolver).

Nos anos 50 depois do baby boom, as mulheres adotaram uma linha mais casual, a televisão influenciou muito a moda, bolsas estilo Box foram revestidas em couro de animais exóticos.

Nos anos 60, a juventude exige uma inovação no modo de se vestir, desprezando a sociedade de consumo, adotando uma aparência mais simples e despojada.

O movimento hippie, com seu vestuário ecologicamente consciente e anti-conformista, exerceu uma influência na moda. Foram retomadas as técnicas artesanais, como tricô, o crochê e o patchwork.

Com o passar do tempo houve uma diversificação nos formatos das bolsas desde o mais artesanal até os mais sofisticados.

Nessa mesma época as bolsas também foram influenciadas pelo movimento Flower Power, pela moda futurista, Op Art e Pop Art.

A década de 70 é difícil de ser definida porque se usou de tudo, os estilos variavam de estação para estação.

A principal característica da década de 80 é a de desenvolver o vanguardismo na moda com a proporção de novidades ou a reciclagem atualizada de idéias nostálgicas. Pela primeira vez, coexistiram várias tribos punks, new waves, rappers, skinheads, góticos, heavy metal, todos esses exercendo influência na criação de roupas e acessórios.

A moda dos anos 90 põe-se de acordo como novo “grito de guerra” o minimalismo. Termo tirado da vanguarda artística dos anos 70, o minimalismo justifica a simplicidade levada ao extremo.

As bolsas com suas cores e estilos diferenciados, outras eram simples mais clássicas, usadas para um visual contínuo.

Acompanhando o avanço da tecnologia as bolsas passaram a ter compartimentos mais funcionais como porta celular, porta cartões, porta caneta e porta chaves.

Nesta década os designers reconheceram o poder que os acessórios, principalmente as bolsas mantinham na concepção de um look. As mulheres passaram a comprar mais acessórios como sapatos e bolsas do que roupas.

Nos dias de hoje, encontra-se um pouco de tudo. Com o mundo voltado para a ecologia, as mudanças climáticas e para outros problemas que o planeta vem enfrentando, as pessoas passaram a fazer bolsas com produtos reciclados e para substituir as sacolas plásticas temos as eco bags. E com certeza as mudanças não param por aqui.

Resumo I

Fernanda Ozório José – Estética – Resumo


Conceituação: no uso vulgar, em artes, em filosofia

No levantamento do uso comum a palavra estética esta associada à beleza física e qualidade.

Entretanto no campo das artes, a palavra estética designa um conjunto de características formais de um período, sendo também chamado de estilo.

No campo da filosofia o nome estética estuda racionalmente o belo e o sentimento.

Em todos os sentidos, a estética está ligada a beleza. E a arte ocupa um lugar muito importante na reflexão estética, porque ela tem a função de mostrar a beleza de modo sensível.

Etimologia da palavra

A palavra estética significa faculdade de sentir.

A arte e a estética tem uma ligação muito estreita, o objeto artístico é aquele que se oferece ao sentimento e a percepção.

O belo e o feio: a questão do gosto

Os filósofos tentaram fundamentar a subjetividade da arte e da beleza. Para Platão a beleza é a única idéia que resplandece no mundo. Ele afirma o caráter sensível do belo, mas por outro lado afirma sua essência ideal, objetiva. Existe “o belo em si” independente das obras individuais, mas elas se aproximam desse ideal universal.

O Classicismo deduz regras para o fazer artístico a partir desse belo ideal, estética normativa. Independente da nossa percepção o objeto passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradável.

Os filósofos empiristas relativizam que a beleza depende do gosto de cada um, não pode ser discutido.

Para Kant o belo é aquilo que “agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente.” Não há uma idéia do belo nem pode haver regras para reproduzi-lo.

Hagel mostra que a beleza muda de face e de apelido através dos tempos. Essa mudança se reflete na arte, dependendo da cultura e da visão do mundo.

Consideramos o belo como qualidade de certos objetos. O objeto é belo porque realiza seu destino. Não existe mais a idéia de um único valor estético. Cada objeto estabelece seu próprio tipo de beleza.

O assunto feio foi banido do território artístico durante séculos, foi reabilitado no século XIX. A arte deixa de ser “cópia do real” e passa a ser considerada criação autônoma que tem função de mostrar possibilidades do real. Só haverá obras feias se elas forem mal feitas.

O conceito de gosto não pode ser encarado como uma preferência arbitraria. Esse tipo de julgamento estético decide o que nós preferimos em virtude do que somos. Nós não podemos ser a medida absoluta de tudo, essa atitude nos leva ao dogmatismo e o preconceito.

Precisamos estar mais interessados em conhecer do que em preferir. Ter capacidade de julgamento sem preconceitos.

A recepção estética

A experiência estética é a experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe.

Devemos perceber uma obra de arte com justiça, sem impor normas externas.

Cada expectador, de acordo com sua percepção atualiza as possibilidades de significado da arte. Cada um da sua maneira, todos verdadeiros.