sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Resumo I

Fernanda Ozório José – Estética – Resumo


Conceituação: no uso vulgar, em artes, em filosofia

No levantamento do uso comum a palavra estética esta associada à beleza física e qualidade.

Entretanto no campo das artes, a palavra estética designa um conjunto de características formais de um período, sendo também chamado de estilo.

No campo da filosofia o nome estética estuda racionalmente o belo e o sentimento.

Em todos os sentidos, a estética está ligada a beleza. E a arte ocupa um lugar muito importante na reflexão estética, porque ela tem a função de mostrar a beleza de modo sensível.

Etimologia da palavra

A palavra estética significa faculdade de sentir.

A arte e a estética tem uma ligação muito estreita, o objeto artístico é aquele que se oferece ao sentimento e a percepção.

O belo e o feio: a questão do gosto

Os filósofos tentaram fundamentar a subjetividade da arte e da beleza. Para Platão a beleza é a única idéia que resplandece no mundo. Ele afirma o caráter sensível do belo, mas por outro lado afirma sua essência ideal, objetiva. Existe “o belo em si” independente das obras individuais, mas elas se aproximam desse ideal universal.

O Classicismo deduz regras para o fazer artístico a partir desse belo ideal, estética normativa. Independente da nossa percepção o objeto passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradável.

Os filósofos empiristas relativizam que a beleza depende do gosto de cada um, não pode ser discutido.

Para Kant o belo é aquilo que “agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente.” Não há uma idéia do belo nem pode haver regras para reproduzi-lo.

Hagel mostra que a beleza muda de face e de apelido através dos tempos. Essa mudança se reflete na arte, dependendo da cultura e da visão do mundo.

Consideramos o belo como qualidade de certos objetos. O objeto é belo porque realiza seu destino. Não existe mais a idéia de um único valor estético. Cada objeto estabelece seu próprio tipo de beleza.

O assunto feio foi banido do território artístico durante séculos, foi reabilitado no século XIX. A arte deixa de ser “cópia do real” e passa a ser considerada criação autônoma que tem função de mostrar possibilidades do real. Só haverá obras feias se elas forem mal feitas.

O conceito de gosto não pode ser encarado como uma preferência arbitraria. Esse tipo de julgamento estético decide o que nós preferimos em virtude do que somos. Nós não podemos ser a medida absoluta de tudo, essa atitude nos leva ao dogmatismo e o preconceito.

Precisamos estar mais interessados em conhecer do que em preferir. Ter capacidade de julgamento sem preconceitos.

A recepção estética

A experiência estética é a experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe.

Devemos perceber uma obra de arte com justiça, sem impor normas externas.

Cada expectador, de acordo com sua percepção atualiza as possibilidades de significado da arte. Cada um da sua maneira, todos verdadeiros.

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